terça-feira, 17 de novembro de 2009

Unidade 22- Produção textual: planejamento e escrita













Atividade 1

a) Quais os prováveis leitores desses textos? A partir das informações oferecidas, onde foram publicadas?
Texto 1 : os prováveis leitores desse texto seriam os admiradores do oficio da escrita: poetas,escritores entre outros. O texto foi publicado no livro “ Alguma poesia”
Texto 2: Poetas,professores,escritores e admiradores desse gênero. Publicado no livro Nova Antologia
Texto 3: Poetas,admiradores e escritores.Publicado no livro “ As coisas”

b) Qual a função do texto poético?
R: A função do texto poético é expressar os sentimentos do “eu”lírico, valorizando a expressividade.

c) Qual o objetivo possível de poemas como esses? Justifique sua resposta, considerando a função do poema?
R: Os autores têm como um possível objetivo expressarem-se sobre seus respectivos processos criativos, relacionando a todo o momento a arte com a vida. Os autores dessa forma conseguem atingir um público diversificado.

d) R: Normalmente me arrisco a navegar no mundo da expressividade, pois esse processo me auxilia a enfrentar problemas interiores e de identidade. Não tenho um momento certo para escrever, as coisas fluem de forma bem natural, no meu caso é funciona como uma válvula de escape, um refúgio para minha alma. Foram poucas as vezes em que precisei escrever uma poesia sob imposição, acredito que a ocasião como dizem “ pode fazer o poeta”,mas tudo na vida flui melhor no acaso e no momento de inspiração.

e) Um texto poético a meu ver se planeja conforme a alma e expressividade do eu lírico, visto que é um gênero que visa à própria forma de liberdade de expressão, deixando as palavras fluindo naturalmente e se completando, se escolhendo. As estratégias que se utilizariam nesse caso seria o da revisão “catar os feijões indigestos”, as palavras que boiarem que ficarem soltas.

f)
“A alma grita por liberdade
Muitas vezes como sinal de expressividade
A poesia como forma de escape
O poeta perde o controle dos fatos
Entrega-se a uma viagem muito intima e pessoal
As palavras agora é que comandam
Uma alma confusa em busca de cura
O poeta já quase não existe é uma mão emprestada
Ao grande ofício da criação.”

Produção textual: Minha primeira cartilha - planejamento e escrita


Atividade 3

Texto : A primeira cartilha


2) a) Escrever uma texto sobre minha história como educadora,como surgiu a motivação,como me senti e argumentei,justificando minhas escolhas.

b) a função do texto: Relatar minha história como educadora.
Objetivo: Expor como surgiu minha motivação,como me senti nos momentos de escolhas.

c) A importância da minha alfabetização
Minha história familiar
Minha vontade de mudança

d) Tudo começou no meu processo de alfabetização com apenas sete anos de idade

Minha história familiar foi um ponto que me motivou bastante,minha mãe apenas conseguiu chegar até a 4ª série e meu pai com muito esforços até o 2º grau e um curso técnico.

Minha vontade de mudança diante da situação de minha família e das necessidades que passamos veio à tona a partir de uma frase na camisa da escola onde estudava que dizia: “Só a educação pode mudar a história de um povo”.


e) Tudo começou no meu processo de alfabetização com apenas sete anos de idade.
A minha vida de estudante foi muito proveitosa, sempre gostei muito de aprender coisas novas, quando estava iniciando minha alfabetização tive bastante inspiração de meus professores e queria sempre dar um retorno positivo. Quando saía na rua com minha mãe ficava lendo tudo que via pela frente, e as pessoas ficavam admiradas como eu sentia prazer em descobrir as palavras, algumas vezes perguntavam-me em que série eu estava e me estimulavam a sempre estudar, para mim o ato de ler a cidade era um fato espetacular, me sentia descobrindo o mundo e de certa forma estava.
Em cada palavra um pedacinho do céu se abria e as que eu não entendia corria para ver o significado no dicionário. Toda menina pedia de presente um diário e eu pedi a minha mãe um dicionário. Sempre gostei também de ensinar o pouco que sabia e com isso aprendi sempre mais, brincava com minha melhor amiga de escolhinha e eu claro era a professora, mas essa brincadeira até que foi produtiva, minha amiga aprendeu as primeiras palavras comigo, uma garotinha de apenas sete anos,ela era mais nova e já entrou na escola alfabetizada por mim,a mãe dela ficou muito feliz e eu todos os dias a ajudava na lição,ela foi minha primeira aluna...minha primeira cobaia humana, até hoje somos grandes amigas,sempre nos recordamos de nossas brincadeiras ,atualmente quem diria eu professora e minha amiga se formando em administração e quem a está ajudando na revisão da monografia...

A professora Alessandra, para mim isso é um fato inesquecível, a vida realmente é uma eterna escola.

Minha história familiar foi um ponto que me motivou bastante, minha mãe apenas conseguiu chegar até a 4ª série e meu pai com muito esforço até o 2º grau e um curso técnico. Cansada e inconformada com a condição em que vivia, decidi ser diferente começar a mudar a história de nossa família. No inicio nem meus pais acreditavam em mim diziam que uma faculdade era muito cara, que não teriam condições financeiras, que uma pessoa como nós de origem simples e negros mesmo com diploma nos braços teriam poucas chances de conseguir algo, que mesmo se eu conseguisse me formar e ser a tão sonhada professora Alessandra não seria fácil conseguir um emprego.Muitas das vezes sofri com as palavras amargas e desacreditadas de meus pais, mas pedia força à Deus porque eles não sabiam o que estavam dizendo...

Minha vontade de mudança diante da situação de minha família e das necessidades que passamos veio à tona a partir de uma frase na camisa da escola onde estudava que dizia: “Só a educação pode mudar a história de um povo”. Em um momento de profunda depressão essa frase me devolveu a vontade de lutar, já fiz de tudo para pagar minha faculdade, já fiz faxina, fui garçonete, babá enfim pegava vários bicos para completar meu salário de recepcionista e pagar minha faculdade, pois meus pais não tinham condições, muitas vezes fui discriminada na faculdade, mas isso só me dava mais forças. Trabalhava o dia todo comia marmita, não fazia horário de almoço, saía do trabalho direto para a faculdade, voltava a pé e subia os morros de meu bairro feliz da vida, passava noites, fins de semana, e feriados estudando para provar para mim mesma que não estava predestinada a seguir o destino dos meus familiares, admirava-os, mas queria mais, queria ter um curso superior e ter minha profissão, não era justo não ter escolhas resolvi pelo menos tentar e consegui.
No primeiro ano de faculdade conheci meu esposo que foi realmente um anjo posto por Deus em minha vida, ele acreditou em mim desde o primeiro momento em que disse: vou ser professora. Me apoio em todos os instantes. No dia da minha formatura a recompensa, meus pais, minha família... Meu noivo. Todos orgulhosos por minha vitória e persistência, pois estava me formando e já lecionava. A única da família a conseguir ir mais longe. Hoje meus pais têm orgulho de mim, sou respeitada pela minha família, sentem prazer em dizer minha filha é professora, já leciona. Minha maior recompensa... e quando ouço um aluno me chamar de professora em meu coração renovam-se as esperanças de um mundo que pode sim ser mudado,só depende de cada um de nós.

“ Só a educação modifica a história de um povo”



domingo, 13 de setembro de 2009

Retorno Gestar II " Mais dispostos do que nunca"



Leitura do texto: Quem sou eu ( Luiz Fernando Veríssimo )

Nesta altura da vida já não sei mais quem sou...

Vejam só que dilema!!!

Na ficha do médico, CLIENTE

No restaurante, FREGUÊS

Quando alugo uma casa, INQUILINO

Na condução, PASSAGEIRO

Nos correios, REMETENTE

No supermercado, CONSUMIDOR

Para a receita Federal, CONTRIBUINTE

Se vendo algo importado, CONTRABANDISTA

Se revendo algo, MUAMBEIRO

Carnê com o prazo vencido, INADIMPLENTE

Se não pago imposto, SONEGADOR

Para votar, ELEITOR

Mas em comícios, MASSA

Em viagens, TURISTA

Na rua caminhando, PEDESTRE

Se sou atropelado, ACIDENTADO

No hospital, PACIENTE

Nos jornais viro, VÍTIMA

Se compro um livro, LEITOR

Se ouço rádio, OUVINTE

Para o Ibope, ESPECTADOR

Para apresentador de televisão, TELESPECTADOR

No campo de futebol, TORCEDOR

Agora, já virei, GALERA

E, quando morrer...

Uns dirão... FINADO

Outros... DEFUNTO

Para outros... EXTINTO

Para o povão... PRESUNTO

Em certos círculos espiritualistas serei ... DESENCARNADO

Evangélicos dirão que fui ... ARREBATADO

E O PIOR DE TUDO É QUE PARA QUALQUER GOVERNANTE SOU SIMPLESMENTE UM...

IMBECIL !!!

E pensar que já fui mais EU!

Luiz Fernando Veríssimo


Olha nossa felicidade !!!



É muito bom aprender !!!


quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Projeto Carta Semeando o futuro

APROVEITANDO A PROPOSTA DO SEMEANDO 2009: SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE, propos a meus alunos a escrita de uma carta para seus descendentes relatando-os como anda a atual situação do nosso planeta ... os resultados foram ótimos!!!









CARTAS DAS ALUNAS: LARISSA 8ºA2 e GABRIELA 8ºA3 - ESCOLA MUNICIPAL LYSIS BRANDÃO DA ROCHA - CAIC

Trabalho sobre Tipos de textos e Gêneros textuais 8º ano CAIC

Capa do trabalho:






GÊNEROS: RECEITA E MÚSICA






DESCRIÇÃO:





NARRAÇÃO:




INJUNÇÃO:







PRESCRIÇÃO:



EXPOSIÇÃO:




**** Gostei muito do resultado .... acho que estou no caminho certo e isso me enche de alegria ***

Trabalho pedido a uma aluna do 9º ano CAIC sobre Gêneros Textuais





terça-feira, 18 de agosto de 2009

TP4 - Seção 1 Escrita,crenças e teorias



Eu é que pergunto para a caneta
Gabriel o Pensador

Minha alma quando escreve
Tem a consciência leve
A caneta não faz greve
A caneta é que me leva

Ao planeta mais distante
A luneta mais possante
Malagueta mais picante
É a caneta quando escreve

Feito nave me transporta
Vira chave, abre a porta
Cerra grade, quebra,entorta
Sua tinta me liberta.

A Caneta é comparada aos trabalhadores, mas não faz greve, a um transporte, porque o leva, ao planeta e à luneta, ao mesmo tempo porque pode colocá-lo em um lugar completamente diferente, pode utilizar um instrumento para visualizar um lugar diferente e assim por diante. A caneta ora é transporte ora é instrumento.
A figura de linguagem utilizada nesse poema é a metonímia: a parte pelo todo.
O autor descreve o processo de criação de escrita, como um momento especial e que a escrita o liberta para imaginar lugares diferentes, vividos por ele mesmo,quando utiliza o transporte, ou observados por ele, quando utiliza um instrumento. “a caneta” .

A mão do poeta
Leo Cunha

Poeta tem mão de fada.
Quando ele escreve, a caneta
Voa que nem borboleta,
Vira vareta encantada.
Não é mais caneta,não,
É varinha de condão.

Poeta tem mão-de-obra,
Tijolo aqui,laje cá,
Cola a rima,tira a sobra,
Encontra a palavra mágica,
Segura a letra,senão
Ela cai na contramão!

Poeta é também mão-leve,
Rouba os sonhos infantis,
Sem platéia nem juiz,


Mistura num caldeirão
E ninguém diz que ele escreve
Versos de segunda mão.
[...]

O autor trata o trabalho do poeta como um experimento diferente, uma inspiração, qual o papel dessa inspiração no processo da escrita.
O ato da criação acontece de uma forma muito única e particular, cada um tem seu momento, o ato da criação também conta com o dom do poeta e habilidade para exercer e praticar tal ato.



Criar é uma tarefa de semi-deuses “ Poetas tem mão de fada”. Não seria um erro afirmar realmente que o poeta no momento de sua criação torna-se um. Mas todos nós podemos nos tornar um... Porque não?


O dom da criação pode ser despertado por nos professores no ambiente escolar, criando situações que despertem em nossos alunos o prazer pela leitura e consequentemente o processo de criação.

“Poeta tem mão-de-obra
Tijolo aqui,laje cá,
Cola a rima,tira a sobra,
Encontra a palavra mágica,
Segura a letra,senão,
Ela cai na contramão”

Esse fragmento mostra-nos que esse dom pode ser adquirido e trabalhado.
Esse assunto é um tanto polêmico, pois, várias pessoas podem quando querem, se dedicar ao oficio da criação, se preparando adequadamente para tal ato, contradizendo o fato do dom natural, e tornando esse ato em um dom adquirido através de muito estudo e dedicação. Cada um desenvolve o ato da criação da escrita de uma forma muito intima cada um em seu momento, de acordo com seu conhecimento de mundo, impressões pessoais entre outros fatores contribuintes.
Criar é uma arte, cada um com sua parte!

Como as lavadeiras...


Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal para secar.

Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.


(Graciliano Ramos)

terça-feira, 7 de julho de 2009


Unidade 10: Trabalhando com gêneros textuais

Gênero Literário – Poesia


O gênero literário tem como principal finalidade explorar o aspecto lúdico, estético da linguagem. Poemas, contos, romances são exemplos de gêneros literários: são escritos pelo prazer estético que causam.
Abaixo o poema musical de Chico Buarque de Holanda “ Construção” e uma breve análise.

Construção

Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acbou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego

Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público

Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado.
( Chico Buarque de Holanda)


Analisando o texto acima, percebemos que Chico passa em seus versos a visão de um operário como vítima do sistema social vigente. Ele introduz algumas comparações pela expressão “como se fosse” que são inesperados ao texto em certos momentos, porque a repetição da estrutura aponta para imagens múltiplas. Depois porque versos, como por exemplo, “bebeu e soluçou como se fosse máquina” criam o “ inesperado” por atribuírem ações humanas a máquinas,abusando do recurso de personificação.
Um detalhe interessante são as terminações dos versos, todos finalizam com palavras proparoxítonas: “última”, “único”, “tímido”, “máquina” entre outras... Seria por acaso? Há jogo hábil com as palavras, é muito interessante a forma com que ele transforma tudo em poesia, rimas, ritmo.... Música!
A meu ver o autor faz essas comparações nada convencionais, não só com a finalidade e prazer de brincar com as ideias e palavras, mas também para desestabilizar uma leitura previsível do texto... Fazer com que o leitor-ouvinte reflita, navegue nas palavras e tenha uma visão particular, pois a poesia trabalha o subjetivo, o não dito, as entrelinhas.
Também percebi que ele cita algumas situações sociais, a meu ver como forma de protesto “escondido” em um gênero poético, artístico... Ótima estratégia!
Enfim, no geral ele expressa as ideias de forma diferente e única, mantendo o tema, as informações apontam para uma crítica às situações de desigualdade social e exploração do trabalhador. O próprio poema é uma construção de palavras, ideias,engajamento e subjetividade.

Alessandra Faria

TP3 : Ampliando nossas referências

Gêneros textuais: Definições e funcionalidade
por Luiz Antonio Marcuschi

Em ampliando nossas referências Marcuschi, afirma que os gêneros não são instrumentos estanques e enrijecedores da ação criativa. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis, dinâmicos e plásticos que surgem emparelhados a necessidades e atividades socioculturais.
Os gêneros são caracterizados como práticas discursivas, ou práticas sociocomunicativas, porque o mais relevante na sua definição é sua situação de comunicação, a prática de sua realização, e não sua forma lingüística.
O autor inova ao citar a expressão “suporte” várias vezes em seu texto, ele utiliza esse termo com êxito para designar o veículo e/ou canal para a comunicação, o objeto concreto onde se apóia o texto: livro, revista, internet, placa de sinalização, etc.

Exemplo:A reportagem é um gênero de texto jornalístico que transmite uma informação por meio da televisão, rádio, revista. ( Suporte )

O texto nos leva a compreender que o surgimento de novos gêneros não se dá pela tecnologia propriamente dita, e sim pela intensidade dos usos dessas tecnologias e suas interferências nas atividades comunicativas diárias. Dessa forma os gêneros antigos vão desaparecendo naturalmente, porque deixam de ter relevância cultural,quando novas tecnologias os substituem,seria um processo de “seleção natural” dos gêneros.
Os novos gêneros em relação às fronteiras entre oralidade e escrita se comportam de forma “efêmera”,pois tendem a se desfazer ou enfraquecer as fronteiras entre elas por serem mais “plásticos”,maleáveis como diz Marcuschi.
Os aspectos que podem servir de critérios para a classificação de um gênero podem ser: aspectos formais ( lingüísticos,estilísticos) e funcionais (culturais) que podem estar ligados ao suporte ou ao objeto.
Luiz Antonio Marcuschi, apresenta os gêneros textuais de forma muito inovadora e coerente, mostrando-nos que assim como nossa língua que esta viva e em continuo processo de mudanças e adaptações, os gêneros textuais também como parte integrante desse processo, se adaptam a intensidade do processo de tecnologia e atividades comunicativas diárias.

Alessandra Faria

NARRADORES DE JAVÉ


O filme brasileiro “ Narradores de Javé” dirigido por Eliane Caffé em 2003, é realmente um destaque entre os filmes brasileiros, ele desfaz o estereotipo do “filme brasileiro vulgar”,apresentando conteúdo e criticas sociais bem fundamentadas.
O enredo passa-se em “Vale de Javé” uma cidadezinha da Bahia.Sua problemática gira em torno da construção de uma barragem.
O filme aborda temas polêmicos como: Cultura, analfabetismo, alcoolismo, conflitos familiares, exclusão e estagnação social.
O filme traz ironias através da própria apresentação dos fatos e dos próprios personagens que criam histórias gloriosas para se esquecerem e/ou fugir da realidade miserável que os assolam.
Narrado em terceira pessoa, sendo o narrador-personagem, o filme pode apresentar várias versões, porque trata-se de vários “narradores” e cada um quer fazer por valer a sua.
Apesar de ser uma obra de ficção, Narradores de Javé, transmite uma realidade maçante e infelizmente presente em várias cidades do interior do Brasil, O analfabetismo, a falta de informação, a ignorância social que é toda causa da problemática do filme, que se dá por uma falta de documentação que comprove que a cidade poderia ser considerada histórica.
A solução seria a escrita de um documento cientifico comprovando a autenticidade das histórias contada pelos moradores locais. Sem esse dossiê a cidade fica exposta a ser inundada pelas águas da barragem.
Como a maioria dos moradores da cidade não sabiam escrever e muito mal ler, a solução encontrada foi chamar Antônio, um ex-carteiro, escrivão e intelectual alcoólatra para pagar os males por ele cometidos a comunidade da vila,documentando através da escrita, oficio do qual ele dominava melhor que todos,as histórias dos narradores de Javé.
Essa tarefa, porém torna-se muito complicada para esse anti-herói, pois ele depara com histórias gloriosas e sem nenhum fundamento.
O filme apresenta uma narrativa não-linear, com vários flash-backs,o passado e presente são bem apresentados e o futuro fica subentendido no momento em que Antônio começa realmente escrever no livro.
A verdadeira história dos moradores do Vale de Javé inicia-se após a inundação da cidade, momento em que o povo começou a reagir. Em várias passagens do filme Antônio Conselheiro personagem da literatura brasileira é lembrado e há uma forte presença da cultura africana. É um filme simples e com muito conteúdo cultural.

Generos Textuais

Check out this SlideShare Presentation:

sábado, 23 de maio de 2009

A PROPOSTA PEDAGÓGICA DO GESTAR II

O Processo de ensino-aprendizagem para mim é um processo onde alunos e professores constroem juntos o conhecimento em sala de aula. E o trabalho do Gestar II se baseia exatamente na concepção sócio-construtivista desse processo. Essa relação apóia-se no interesse e na participação ativa dos alunos e da atuação do professor como mediador entre os alunos e o conhecimento social e historicamente construído.
“A aprendizagem é o processo pelo qual o ser humano se apropria do conhecimento produzido pela sociedade.Em qualquer ambiente,a aprendizagem é um processo ativo que direciona as transformações da pessoa.”
Tendo em vista esses conceitos a relação do professor e aluno se ligam por vínculos,construídos ao longo do trabalho de aprender-ensinar, que são laços afetivos e de compromisso. Há uma troca mágica nesse processo o professor desenvolve sua atividade baseando-se em seu conhecimento sobre o aluno, e este com sua participação informa ao professor sobre o seu nível de interesse, o que orienta-nos na escolha das melhores estratégias de ensino e de avaliação. Essa relação tem que existir, no meu ponto de vista é fundamental para um bom nível de ensino.
O professor tem o papel de mediador! Somos meros receptores do conhecimento nesse processo, é bom para romper aquela imagem que sabemos tudo e que somos detentores do conhecimento, desenvolvemos uma troca de conhecimento e reforçamos aquele ditado: “Ninguém tem tão pouco que não possa dar e ninguém sabe tão pouco que não possa ensinar .”
Nossos alunos sentem-se participativos e não meros recebedores de informações. Apontamos os caminhos para que eles descubram e construam de forma interativa os saberes.
O Gestar II acredita que o trabalho do professor não pode ser algo isolado e que o trabalho em conjunto, cooperativo, deve considerar os interesses dos alunos na busca da construção do conhecimento. E com essa visão eu concordo plenamente.

Faço Parte do Gestar II

Unidade 1 – O Gestar II como Programa de Formação continuada em serviço


Espero do Gestar II como um programa de formação continuada em serviço um amparo pedagógico na produção de minhas aulas. Espero absorver idéias de atividades criativas e práticas, que tornem minhas aulas mais prazerosas, fazendo com que meus alunos aprendam o conteúdo trabalhado com mais satisfação, pois tudo que é ensinado de forma lúdica torna-se inesquecível.
O Gestar II pode auxiliar muito em minha formação, pois é um programa de formação continuada que amplia nossa visão sócio-cultural, possibilitando o desenvolvimento do conteúdo de nossa língua mãe de forma mais funcional e ampla para atingir a todos nossos alunos.
A finalidade do programa é elevar a nossa competência e de nossos alunos e como reflexo desse processo melhorar a nossa capacidade de compreensão e intervenção sobre a realidade sócio-cultural.
O Gestar deve ser compreendido como uma ferramenta de profissionalização capaz de proporcionar a nós professores espaços sistemáticos de reflexão conjunta e de investigação, no contexto da escola. Espera-se que ele proporcione espaços para trocas de experiências e resoluções de problemas e provoque discussões e reflexões sobre os problemas do ensino, articulações com a proposta pedagógicas e curricular e plano de ensino.
O objetivo do Gestar não é somente ser mais um curso, mas sim comportar uma relação essencial e estreita com a dimensão da prática no cotidiano da escola e com a dimensão formal da proposta pedagógica, ou seja, estar presente em nossa prática em sala de aula.
Nos encontros presenciais do Gestar II, trocaremos experiências e refletiremos em grupo e individualmente sobre os temas e assuntos abordados no programa; teremos esclarecimento de nossas dúvidas e nos questionaremos, planejaremos e elaboraremos situações didáticas e faremos análises críticas da nossa prática em sala de aula e de atividades dos alunos.
O Programa de Gestão de Aprendizagem Escolar procura garantir a qualidade do processo de ensino-aprendizagem.
Todos os atores do programa participarão de uma auto-avaliação e de uma avaliação dos demais agentes, fornecendo dados processuais da execução do programa, os seus pontos positivos e os pontos a melhorar.



Nosso encontro em Cataguases !!!
Desenvolvendo as atividades do programa